segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A importância do perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo, chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
-Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo.
Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
-Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai,que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
Filho, como está se sentindo agora ?
Estou cansado mas estou alegre, por que acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino que fica sem entender a razão daquela brincadeira e, carinhosamente, lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto; quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai então lhe diz ternamente:
Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas olhe só para você.
O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.
Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Cuidado com os seus pensamentos, eles se transformam em palavras;
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Juventude brasileira

Sonhos, medos, vontades, dúvidas e certezas do jovem brasileiro. Com esse ambicioso título, a Folha de S.Paulo divulgou o perfil da geração entre 16 e 25 anos. A pesquisa do Datafolha fez 120 perguntas a 1.541 entrevistados, em 168 cidades do País e, com base nos resultados, traçou um retrato de 35 milhões de pessoas (19% da população), sobre as quais repousam as esperanças de um futuro melhor para o País.

Dois dados são desanimadores. Enquanto parcelas de 21% e 17% consideram a violência como o maior problema, respectivamente, do mundo e do País, apenas 1% sonha com um mundo em paz. Sinal de acomodação, de aceitação passiva da realidade? Os números provocaram indagações e opiniões amargas, sintetizadas com perfeição numa manchete de página interna do mesmo suplemento, que proclama: "A economia soterrou o sonho".

O dado principal para o desânimo é o valor dado à soma dos quesitos trabalhar/formar-se numa profissão, ter emprego, ter negócio próprio e ser bem-sucedido, que se aproxima do índice de 40%. Isso mesmo: a carreira profissional e a renda dela advinda (com tudo que representa em conforto, segurança, etc) é a aspiração de menos da metade dos jovens brasileiros que, quanto ao grau de ensino, se dividem em fundamental (22%), médio (63%) e superior (14%). Na faixa dos 16 e 17 anos, uma maioria de 34% tem como aspiração formar-se numa profissão, enquanto o maior desejo, para os que têm entre 22 e 25 anos é a realização profissional (17%). Anseios compreensíveis de ascensão social e econômica, quando se leva em conta que 73% dos jovens vivem em famílias com renda abaixo dos cinco mínimos. Mas o que fazem e como planejam concretizar seus objetivos? Mais da metade (54%) estuda e aqui surge um dado interessante (pelo menos na quantidade): 91% dos garotos de 16 e 17 anos estão na escola. Mas a ducha de água gelada vem em seguida: 54% dos jovens repetiram de ano - um fracasso ainda mais grave quando se considera a baixíssima qualidade do sistema educacional brasileiro e as frágeis provas escolares de avaliação. Em outras palavras, esses lamentáveis 54% levantam uma dúvida: o que aconteceria se as escolas oferecessem ensino de melhor qualidade, com maior exigência e professores melhor capacitados? A pesquisa do Datafolha não só lança luz sobre uma realidade cinzenta, mas também mostra a necessidade de se oferecer aos jovens meios eficazes para que possam conquistar seus sonhos. Alguns depoimentos publicados no suplemento traduzem a saga dos que buscam o primeiro emprego, tendo de enfrentar, já de início, uma taxa de desemprego que abarca quase metade dos jovens entre 16 e 25 anos. Em seguida, vêm as alegadas falta de experiência profissional e de competências indispensáveis para quase todas as vagas - conhecimentos de informática e de outro idioma -, além de atitudes como disciplina, vontade de aprender, trabalho em equipe. Outra pesquisa, esta do instituto TNS InterScience, mostra que o estágio é um promissor caminho para milhares de estudantes que conseguiram treinamento prático em empresas: 64% dos estagiários do CIEE conquistam a tão sonhada carteira assinada. Sem considerar seu valor como fator de desenvolvimento pessoal, educacional e profissional dos novos talentos, o estágio merece o lugar que conquistou na mente e corações dos estudantes. E que, felizmente, vem ocupando no planejamento estratégico de um número crescente de empresas.


Luiz Gonzaga Bertelli (presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e diretor da Fiesp.)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Todas as leituras


olá !


Ler, todo mundo sabe, está longe de ser uma tarefa fácil . É mais fácil ver televisão, ouvir música, conversar com os amigos ou então pensar na vida....

Qualquer leitura exige o domínio da língua, concentração, determinação, conhecimento sobre o tema ou uma enorme vontade de aprender e descobrir. Entretanto, mesmo diante de tantas habilidades para depreendermos um texto, ler é o único jeito de nos comunicarmos de igual para igual.Com textos, atravessamos o tempo e o espaço. Por isso, não importa os textos que serão escritos e postados neste espaço, pois o importante é lermos, trocarmos informações que nos estimulem,cada dia mais, a gostarmos de ler. Então, já sabem....de romances a uma simples notícia de jornal, o importante é ler !



Que venham todas as leituras !